Pescadores do ES reclamam que não foram indenizados quase três anos após o desastre ambiental no Rio Doce

Pescadores do ES reclamam que não foram indenizados quase três anos após o desastre ambiental no Rio Doce
Pelo menos 200 pescadores estão sem respostas, segundo o presidente da Colônia em Linhares. Renova disse que as propostas estão sendo avaliadas de acordo com o cadastro.
Pescador espera recebimento de auxílio após desastre ambiental no Rio Doce (Foto: Raphael Verly/ TV Gazeta)

 

A Fundação Renova, responsável pelo serviço de indenizações por causa das consequências da lama da Samarco, disse que atualmente 700 pescadores de Linhares e São Mateus foram indenizados. E as propostas de indenização são avaliadas de acordo com as campanhas de cadastro integrado.

Problemas

Depois do desastre ambiental, ver um barco com pescador no Rio Doce é quase raridade. “Quando a gente tenta pescar, o que a gente pega a gente não vende. Porque fala que está contaminado”, disse a pescadora Gerlúcia Correa Guimarães.

“O peixe que tem no rio, o pessoal fala que não quer comprar, porque diz que está cheio de minério, contaminado e a gente faz o que? Vender para quem?”, questionou um outro pescador.

Em novembro de 2018 completam três anos que o Rio Doce foi tomado pela lama. Na região, pescadores afirmam que não receberam o cartão auxílio da Samarco, dado pela empresa a quem dependia do rio para sobreviver.

“Me garantiram que em 30 dias iam me entregar o auxílio financeiro. Até hoje não chegou, tem mais de dois meses”, disse o pescador Evandro Lima Vieira.

“Com o auxílio financeiro, já dava para ajudar a pagar as contas, água, energia, uma cesta básica, um remédio. Já vai ajudar bastante”, afirmou o também pescador, Luciano Gomes Rodrigues.

A pescadora Rosângela Pereira Correa recebe o auxílio mensal, mas espera a indenização.

“Eles falaram que em 40 dias iam pagar e já vai fazer três anos e até agora não recebemos nada, só o cartão. E todo mundo está precisando, todo mundo precisa”, contou.

Sem resposta

O presidente da Colônia de Pescadores, Milton Jorge, diz que são pelo menos 200 associados que estão sem respostas.

“A Renova tem esse documento, que com 45 dias deveria chamar todo mundo que tem o auxílio emergencial. Noventa dias deveria chamar quem ainda não recebeu auxílio emergencial e indenização. Até hoje não fizeram nada”, falou.

FONTE: G1

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