Ambientalistas fazem expedição no Rio Paraopeba, atingido por lama da Vale

Ambientalistas fazem expedição no Rio Paraopeba, atingido por lama da Vale

Uma expedição pelo Rio Paraopeba, atingido pela lama da Vale após rompimento da Mina do Feijão em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, começou nesta quinta-feira (31). Promovida pela Fundação SOS Mata Atlântica, ela tem o objetivo de avaliar qual foi o impacto ambiental na região.

Amostras de água serão coletadas a cada 40 quilômetros e depois enviadas para o laboratório de Poluição Hídrica da Universidade de São Caetano do Sul, em São Paulo. A expedição vai percorrer 356 quilômetros de extensão desde Brumadinho à Hidrelétrica Retiro Baixo e o reservatório de Três Marias, em Felixlândia.

Catorze indicadores, entre eles turbidez, oxigenação e níveis de nitrato, serão analisados. A possível presença de metais pesados também será observada.

Segundo o SOS Mata Atlântica, a bacia do Rio Paraopeba corresponde a 5,14% do território da bacia do Rio São Francisco. O rio tem extensão de 546,5 km, área de 12 mil km² e abrange 48 cidades do estado.

“Perdemos várias nascentes. Na medida em que chover, isso (rejeito) vai ser carreado rio abaixo e a dinâmica da Bacia Hidrográfica do Paraopeba vai se alterar. Mesmo ficando acumulado nos reservatórios existem fenômenos climáticos e físicos que podem fazer com que esta água demore décadas para se recuperar”, disse a coordenadora do programa Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro.

Desde sexta-feira, dia do rompimento, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) fechou as comportas da unidade de captação de água do Rio Paraopeba, construída em 2015. As cidades de Juatuba e Pará de Minas também fizeram o mesmo.

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