Na última quinta-feira (7/4), as maiores organizações sindicais do Brasil, entre elas a Pública Central do Servidor, do qual o Sindsema faz parte, reuniram-se em São Paulo, no bairro Liberdade, para realizar a terceira edição da Conferência da Classe Trabalhadora, a Conclat. Participaram mais de 500 representantes da CUT, UGT, Força Sindical, CSB, CTB, Nova Central, Conlutas e Intersindical.
O encontro demonstrou um profundo consenso das diversas centrais sindicais do país em torno de várias pautas emergenciais. Além de questões como geração de empregos, revisão da reforma trabalhista e outros temas tradicionalmente vinculados ao mundo do trabalho, as entidades também manifestaram estar de acordo no campo da política, pelo menos em torno de um ponto: a necessidade de superar o retrocesso que o governo de Jair Bolsonaro representa para e para os trabalhadores e trabalhadoras do país.
Pauta da Classe Trabalhadora
Com o tema “Emprego, Direitos, Democracia e Vida”, os representantes das nove centrais apresentaram a “Pauta da Classe Trabalhadora”, que será entregue aos candidatos e candidatas à Presidência da República, ao Congresso Nacional, aos governos dos estados e às Assembleias Legislativas.
O documento orienta o plano de lutas do movimento sindical em defesa das mudanças urgentes e necessárias para a classe trabalhadora brasileira e para que o país retome o rumo do crescimento com igualdade e justiça social.
Ao todo, são 63 reivindicações e propostas divididas em quatro eixos: Prioridades; Desenvolvimento Sustentável com Geração e Emprego e Renda; Trabalho Emprego e Renda e Estado; e Políticas Públicas. Defende, entre esses mais de sessenta itens, a instituição de uma política de valorização do salário mínimo, um programa de renda básica, políticas de geração de trabalho e renda, proteção dos desempregados, revisão da política de preços para produtos essenciais.
Pública Central do Servidor
O presidente da Pública Central do Servidor, José Gozze, destacou a necessidade de construir um Estado soberano e desenvolvido com a redução da desigualdade social que ameaçam a civilidade. Para ele, o orçamento da União tem de promover a educação, previdência, saúde, alimentação, moradia e segurança.
“Hoje o governo só paga dívida bancária se esquecendo da sua dívida principal que é com o cidadão. Queremos um serviço público de qualidade para toda população e o Estado tem de respeitar os servidores com reposição salarial e garantir o direito à negociação coletiva, só assim teremos dignidade no serviço público e um bom atendimento à população”, afirmou José Gozze
Sobre a Conclat
A Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras (Conclat) aconteceu em 1981. Foi a primeira grande reunião intersindical no Brasil desde o golpe de 1964, que instalou a ditadura militar no país, contribuindo assim para o processo de redemocratização.
Em 2010, aconteceu a 2ª Conclat, no estádio do Pacaembu, em São Paulo. O encontro reuniu 30 mil pessoas e foi elaborado um documento com 250 itens que abordaram crescimento com distribuição de renda e fortalecimento do mercado interno; valorização do trabalho decente com igualdade e inclusão social; Estado como promotor do desenvolvimento socioeconômico e ambiental; entre outros temas.
→ Baixe aqui a Pauta da Classe Trabalhadora
Assista como foi a Conclat 2022:
(Com informação da CUT)