É possível prever e evitar incêndios florestais?

É possível prever e evitar incêndios florestais?

As tentativas de prever a dispersão do fogo têm sido imprecisas, mas novos experimentos prometem grandes avanços.

 

Uma série de modelos tenta prever os locais de ocorrência e a intensidade dos incêndios — Foto: Reuters/Stephen Lam

Mark Finney, do Serviço Florestal dos EUA, e seus colegas às vezes fazem o impensável – ateiam fogo em arbustos, por exemplo.

Eles não são, porém, incendiários – e tampouco o fogo ao qual dão início vai se alastrar ou se tornar altamente destrutivo. Trata-se de queimas controladas da vegetação para munir cientistas de mais informações sobre como as chamas passam de um galho a outro. Isso pode ajuda a prever como os incêndios se alastram.

Entre as medidas levadas em consideração por Finney e sua equipe estão a duração da chamas, sua velocidade de propagação e o tipo de troca de calor nesse processo. A equipe realiza o experimento na Nova Zelândia em áreas isoladas por barreiras para impedir que se perca o controle do fogo.

“Temos drones que nos dão uma visão do que está acontecendo do alto e temos câmeras protegidas em caixas de isolamento que são colocadas dentro do fogo”, afirma.

“Geralmente, levamos um dia ou mais para arrumar todos os equipamentos e, claro, também é preciso que as condições climáticas cooperem”.

Um momento crucial da história da evolução humana foi a descoberta do fogo. Já a indagação do homem moderno é saber o que faz o fogo se propagar. O fogo antecede os primeiros passos do homem na Terra.

E hoje, longe de estar sob controle, o fogo frequentemente assume a forma de um desastre causado pelo homem. Nos EUA, mais de 80% dos incêndios são causados por pessoas.

Verões muito secos e quentes

Este ano, assim como no ano passado, várias partes do planeta experienciaram verões muito quentes e secos, aumentando as chances de incêndios florestais. Matas queimaram na Grécia, Suécia e Sibéria, entre outros locais.

O Estado da Califórnia, no sudoeste dos EUA, enfrenta um dos incêndios florestais mais letais de sua história. Até a noite desta terça-feira, 42 pessoas haviam morrido. A cidade de Paradise, no norte do Estado, foi reduzida a cinzas.

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