Governo de MG avalia traçado alternativo para o Rodoanel por impacto ambiental
Foto: Youtube/Reprodução
Em entrevista exclusiva à Rádio Super, secretário de Infraestrutura de MG, Fernando Marcato, explicou que medida foi um pedido da Amda
Por POR RODRIGO FREITAS E THALITA MARINHO (COM ALINE GONÇALVES)
11/02/21 – 09h29
O secretário de Infraestrutura de MG, Fernando Marcato, falou com exclusividade à rádio Super 91,7 FM, nesta quinta-feira (11), no quadro Café com Política, sobre o futuro do Rodoanel e contou que o governo avalia um traçado alternativo para o projeto, a pedido de ambientalistas da Associação Mineira de Defesa do Ambiente – Amda. A obra da região metropolitana de Belo Horizonte, que visa aliviar o trânsito no Anel Rodoviário, só deve ser iniciada em 2023, com entrega prevista para daqui a cinco anos, mas já é alvo de críticas por seu traçado junto às serras dos Três Irmãos, em Ibirité, e da Calçada, em Nova Lima.
“Já nos reunimos por três vezes de janeiro agora com membros da Amda, uma associação séria de defesa do ambiente, e eles nos pediram pra avaliar um traçado alternativo, mais conveniente na visão deles, e estamos avaliando”, ponderou. Ele ainda lembrou que traçado deve considerar também o impacto na vida das pessoas. “É equilibrio entre reduzir impacto social e ambiental”, disse.
Segundo o secretário, o momento de licenciamento ambiental da obra vai ser “o melhor possível” . “Neste um ano de estudo (do projeto), uma dimensão importante foi a ambiental. A preocupação de todos é a nossa: sabemos que todo projeto de infraestrutura gera impacto, é inevitável: o que a gente tenta fazer é diminuir isso ao máximo”, garantiu.
Assista ao vídeo – https://youtu.be/A_AxhHFQDek
De acordo com Marcato, até o momento, duas áreas sensíveis integram o traçado previso para o Rodoanel. “São as serras Rola Moça e Calçada. Mas na Rola Moça (o traçado) não passa dentro da área de proteção ambiental, margeia. Na Calçada, a gente vai fazer um túnel. Dos 17,6 km da alça sul do Rodoanel, que é a mais sensiível do ponto de vista ambienta, 40% será em viaduto e túnel, que são soluções para diminuir impacto na flora e fauna”, disse.
Entenda
O Rodoanel já vem sendo discutido há mais de 20 anos e é a promessa do poder público para a redução de acidentes no Anel Rodoviário de Belo Horizonte. A ideia é que a infraestrutura desafogue o fluxo de tráfego pesado do Anel e possibilite a queda de cerca de 1.000 acidentes por ano.
A ideia é que o anel viário tenha 100 quilômetros de extensão: 17 quilômetros pela alça Sul; 13,28 quilômetros pela alça Sudoeste; 25,8 quilômetros pela alça Oeste; e 43,9 quilômetros pela alça Norte. A previsão é que 32 mil veículos circulem pelo Rodoanel diariamente. O projeto prevê ainda a retirada de cinco mil caminhões do Anel Rodoviário por dia.