Guia sobre pagamentos por serviços ambientais orientará políticas públicas

Guia sobre pagamentos por serviços ambientais orientará políticas públicas

Um guia sobre Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) no Brasil foi disponibilizado pela organização não governamental The Nature Conservancy (TNC) para orientar a formulação de políticas públicas para a implantação de programas de incentivos à manutenção e conservação de vegetação nativa. A publicação foi elaborada com informações de diversas instituições da área do Brasil, entre elas o Instituto Estadual de Florestas (IEF).

O “Guia para Formulação de Políticas Públicas Estaduais e Municipais de Pagamentos por Serviços Ambientais” é resultado de um trabalho conjunto entre a TNC, a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e o Ministério do Meio Ambiente, com apoio da Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ). O guia traz informações ambientais, jurídicas e econômicas sobre o funcionamento do PSA. São programas estaduais e municipais em que o ente público passa a ser o agente preponderante na concepção, no planejamento e na implementação desse tipo de política.

O trabalho foi escrito com base em experiências já existentes no Brasil. “Temos um histórico de quase dez anos de ganho de escala em políticas de PSA”, afirma o especialista em políticas de segurança hídrica da TNC, Claudio Klemz. “Hoje, os principais programas desses pagamentos se encontram na interface urbana e rural, geralmente relacionadas aos serviços de conservação de água nas regiões de mananciais”, diz o especialista. “Nossa intenção é levar as experiências que deram certo às diferentes regiões em que exista o potencial de sucesso pra esse tipo de política.”

Segundo Klemz, os principais entraves para a implantação dos PSA são aspectos de planejamento, que acabam resultando em problemas financeiros. “Quando o programa não é planejado ele tem grandes chances de parar no meio. São esses os aspectos que levantamos e orientamos através desse guia.”

Minas Gerais

A experiência acumulada pelos servidores do IEF durante o Programa de Proteção de Mata Atlântica de Minas Gerais (Promata), entre 2007 a 2010, e desde então, com a implementação do Programa Bolsa Verde foi apresentada pelo gerente de Incentivos Econômicos à Sustentabilidade da instituição do IEF, Leonardo Diniz, em entrevista aos autores do guia.

“A apresentação dos resultados das iniciativas realizadas no Estado é uma oportunidade de promover a concepção de outros projetos e programas que se iniciam a partir do que de melhor alcançamos, enquanto também contribui com a troca de informações que subsidiam a revisão e o aperfeiçoamento de nossas ações relacionadas ao PSA para sua continuidade”, afirma.

Ainda de acordo com Diniz, a publicação desse documento orientativo poderá subsidiar a ampliação do número de iniciativas de PSA no Estado, especialmente nos municípios, a partir de arranjos duradouros e que envolvam o maior número possível de proprietários e posseiros urbanos e rurais.

Depois de lançado, a próxima etapa será a realização de um trabalho de identificação das áreas com potenciais para a implantação dos programas. A próxima fase é de orientação ativa de agentes públicos municipais e estaduais que tenham interesse em criar mecanismos nesse modelo. Os interessados podem fazer o download da publicação. É só clicar aqui.

Fonte: Ascom/Sisema

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