Observação de pássaros já é atividade comum no Santuário do Caraça, na Região Central de MG

Observação de pássaros já é atividade comum no Santuário do Caraça, na Região Central de MG

Prática de “Passarinhar” tem alta temporada em setembro. Parque fica aberto das 8h às 17h todos os dias.

Está aberta a temporada de observação de pássaros no Santuário da Caraça, na Região Central de MG — Foto: Ricardo Mendes/Ecoavis

 

Cada vez mais os brasileiros se dedicam ao “birdwatching”, chamado aqui de “passarinhar”. O verbo que dicionários definem como “andar à caça de pássaros” tem outro significado e valor para os observadores de aves: de registrar esses animais. Em setembro começa a temporada desta prática no Santuário do Caraça, entre os municípios de Catas Altas, Barão de Cocais e Santa Bárbara, na Região Central de Minas Gerais.

O local, que fica a 120 km de Belo Horizonte, tem uma biodiversidade favorável a atividade, recebendo inúmeros turistas durante todo o ano, mas com maior concentração desse público de setembro até março, quando as aves começam a acasalar e construir ninhos.

De acordo com o gerente do parque, Ricardo Augusto, essa prática iniciou-se no Santuário no final da década de 1970, mas pequena e representada principalmente por estrangeiros. Já nas décadas de 1990 e 2000, houve um aumento nas atividades de observação, mas ainda predominando viajantes do exterior. A partir de 2010, esse tipo de turismo começou a se popularizar entre brasileiros.

Ricardo informou que há 380 espécies registradas na região. “No entanto, o estudo continua em andamento e ainda falta incluir algumas adições recentes. As novidades nunca param de vir a cada ano de pesquisa”, disse.

Entre as espécies, estão algumas ameaças de extinção, como o macuco, a água-cinzenta, o gavião-de-penacho e o falcão-de-peito-laranja. Ainda há espécies raras na região, outras associadas a ambientes aquários e as típicas da Mata Atlântica e do Cerrado.

Para o “passarinhar”, Ricardo dá a dica de observar pássaros pela manhã, no começo do dia e os praticantes devem andar silenciosamente pelas trilhas, com olhos e ouvidos aguçados, além de roupas camufladas ou de cores não chamativas.

Entre os equipamentos mais utilizados estão o binóculos e câmeras fotográficas. Há casos em que se utiliza o “playback”, a reprodução do canto de alguma espécie por meio de gravações para atrair a ave, mas ele alerta que essa prática não deve ser usada de maneira insistente.

“Diversas pessoas participam destas atividades, tanto brasileiro, quanto estrangeiros, de ambos os secos e de crianças e idosos”, disse Ricardo.

O parque funciona por meio de trilhas e recebe mais de 70 mil pessoas por ano. O local fica aberto das 8h às 17h todos os dias do ano. A entrada é a partir de R$12 por pessoa. A ONG Ecoavis atua na região e promove a conscientização ambiental tendo as aves como temática.

FONTE: G1

Deixe um comentário

Enviar um comentário