Sindsema participa do Seminário Meio Ambiente & Gestão Social

Centro Universitário Una, em parceria com o Sindsema e representantes do mandato do deputado federal Patrus Ananias, reuniu vários atores sociais com desempenho na questão ambiental e trabalhadores engajados com a causa do meio ambiente

Nos dias 6 e 7 de junho, o Seminário Meio Ambiente e Gestão Social, realizado pelo Centro Universitário UNA, em parceria com o Sindicato dos Servidores Públicos de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais (Sindsema) e o mandato do deputado federal Patrus Ananias, reuniu trabalhadores e ativistas do meio ambiente, representantes sindicais, do poder legislativo e de movimentos sociais para debater o controle social das agendas ambientais. Para representar o Sindsema, estiveram presentes o presidente Adriano Tostes Macedo, a diretora de Comunicação Janaína Queiroz e o diretor de Relações Institucionais Luís Gabriel Menten Mendoza.

Nos dois dias de encontro, o assessor parlamentar do deputado federal Patrus Ananias, Mauri de Carvalho, iniciou os debates fazendo uma apresentação geral dos temas previstos. Para ele, eventos como o Seminário Meio Ambiente & Gestão Social são relevantes para dar visibilidade aos desafios da agenda ambiental, além de contribuirem para a promoção dos direitos humanos. “Pode, em muito, cooperar para a construção de uma agenda socioambiental responsável e participativa. Possibilita diálogos, para nos aproximarmos cada vez mais do ideário de uma sociedade justa e ecologicamente íntegra e promotora da dignidade humana”, afirma Carvalho.

Na quinta-feira (06), o debate Defesa do Meio Ambiente, Regionalização, Desenvolvimento Local e Mobilização Popular contou com a presença do presidente do Sindsema Adriano Tostes Macedo, a advogada Ana Paula dos Santos Alves, assessora jurídica popular com atuação no caso do Rompimento da Barragem de Fundão e o advogado Eduardo Martins de Lima, mestre em Ciência Política e doutor em Sociologia e Política. Eles falaram sobre a importância das pesquisas, estudos, intervenções e debates atuais na academia, no legislativo e movimentos sociais para a defesa do meio ambiente no campo e nas cidades, para a promoção e desenvolvimento de tecnologias e estratégias.

Para Macedo, há, por parte da população, desconhecimento dos processos legais e uma necessidade de atuação mais vigorosa do poder legislativo para estimular a participação social e ainda a efetiva delimitação de áreas preservadas. “É muito bom quando somos chamados para esses eventos, porque a gente vê a necessidade de estabelecer elos não apenas nos movimentos sociais, mas também na esfera política. Então, o convite do deputado federal Patrus Ananias, por meio da sua assessoria, vem no sentido de criar essas pontes de diálogo. Como presidente do Sindsema, participar de seminários como esse significa falar dos pontos que nos orientam como servidores públicos, para que a sociedade tenha conhecimento e possa atuar mais informada com relação ao seus papéis e também compreendendo as funções de cada uma das esferas do governo”, destaca.

Na sexta-feira (07), a palestra Mulheres e Meio Ambiente na Perspectiva Urbana, formada somente por representantes do gênero feminino, trouxe experiências sobre o cuidado com as nascentes, o consumo consciente, segurança alimentar, paralelos entre a evolução do feminismo e do movimento em defesa do meio ambiente. A mesa foi composta pela diretora de Comunicação do Sindsema Janaína Queiroz, a militante e trabalhadora da reciclagem no meio urbano Neli de Souza Silva Medeiros, a especialista em Gestão Pública e líder comunitária no Bairro Morro das Pedras e região da Pampulha, Lindaura Rosa dos Santos, a engenheira agrônoma e militante em periferias urbanas Marilda Quintino Magalhães, a mestre em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local e especialista em Políticas Flávia Gonzaga e a arquiteta e militante pelas águas urbanas Elisa Porto Marques.

A diretora do Sindsema conceituou e contextualizou a história da defesa do meio ambiente. “O debate sobre as questões ambientais não é antigo. A natureza está aí desde sempre, mas começamos a perceber isso tardiamente, com o agravamento dos problemas ambientais. Como estudiosa na área, antes de mais nada, gosto de destacar mulheres fundamentais na defesa do meio ambiente, como a cientista ambiental e professora Donella Meadows e Gro Brundtland, líder internacional em desenvolvimento sustentável e saúde pública. Assim como elas, peço que não desistam dos seus ideais pois, para que nós estivéssemos aqui hoje, elas quebram muitas barreiras. Então, não desistam. Deixem suas marcas através do estudo, da inovação e da dedicação em prol do desenvolvimento sustentável”, diz.

O seminário foi encerrado com o debate Soberania Popular, Gestão Social e Meio Ambiente.  Participaram da mesa o diretor de Relações Institucionais do Sindsema Luís Gabriel Menten Mendoza, Rafael Sarto Müller, mestrando em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local, especialista em Inteligência de Estado e Inteligência de Segurança Pública e em Ciência Política, Marcelo Gonzaga de Oliveira Júnior, especialista em Direito Ambiental e primeiro-Secretário da Associação Mineira de Engenheiros Ambientais (AMEA) e  Luciana da Costa e Souza, mestranda em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local (Una).

Na palestra, foram apresentados exemplos de degradação urbana a partir da ocupação territorial, que estão em total discordância com conceitos que traduzam vida digna e respeito ao meio ambiente, mostraram visões que a partir de dados estatísticos traduzem os desafios ambientais atuais e abordaram temas como segregação espacial e intolerância. Para Mendoza, o objetivo do debate foi ampliar a discussão teórica-política nas esferas econômica, social e cultural acerca da soberania popular e dos modos de exercício da democracia direta, participativa e comunitária na relação aos processos decisórios que envolvam o meio o ambiente e a população. “Hoje, o Estado é um retrato do que as lutas de classes conseguiram fazer e conquistar. Nesse sentindo, dentro do meu contexto de atuação no sindicato, destaco a importância dos canais de participação e de denúncia que os movimentos sociais disponibilizam para resolver questões relacionadas ao meio ambiente”, argumentou.

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