Anglo American conclui processo de inspeção do mineroduto

Os dados serão analisados por uma empresa independente e os relatórios conclusivos devem ser entregues em outubro
(foto: MPMG/Divulgação)

A Anglo American anunciou nesta quarta-feira o término da inspeção interna de toda a extensão do mineroduto do Minas-Rio. O mineroduto percorre 529 quilômetros de Conceição do Mato Dentro, na Região Central do estado, a São João da Barra (RJ). A inspeção foi feita após dois vazamentos que resultaram no lançamento de 947 toneladas de minério de ferro em Santo Antônio do Grama, na Zona da Mata. Os relatórios conclusivos deverão ser entregues em outubro.

Após a conclusão dos trabalhos, os dados serão analisados por uma empresa, gerando gráficos que indicarão os parâmetros de segurança operacional do mineroduto. “Essas informações vão ser utilizadas como referência para eventuais medidas a serem tomadas pela empresa e também serão enviadas para os órgãos públicos competentes com o objetivo de embasar a autorização para a volta das atividades da companhia”, completou a empresa.

A Anglo ainda destacou que as análises vão ser utilizadas como referência para eventuais medidas a serem tomadas pela empresa e também serão enviadas para os órgãos públicos competentes com o objetivo de embasar a autorização para a volta das atividades da companhia, prevista para o último trimestre deste ano.

Segundo a empresa, na vistoria foi usada uma ferramenta de “investigação de dutos” – chamada de PIG. Os PIGs foram fabricados sob medida e têm sensores capazes de indicar indícios de amassamentos, corrosão ou fissuras na tubulação. O processo começa com a passagem da ferramenta de limpeza e prossegue com outras três variações do equipamento (PIGs geométrico, magnético e ultrassom).

LIMPEZA Os equipamentos são transportados na tubulação por meio do bombeamento de água. Em 19 de maio, foi concluído o processo de enchimento e bombeamento de água para retirada da polpa de minério retida no momento da paralisação das operações. O processo foi feito depois da autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Justiça de Rio Casca, na Zona da Mata. “O procedimento ocorreu dentro da normalidade, sem incidentes, e foi finalizado de forma segura, de acordo com o planejado”, concluiu a empresa em nota encaminhada ao Estado de Minas em maio.

VAZAMENTO Ocorridos em 12 e 29 de março, os rompimentos resultaram no lançamento de 947 toneladas de minério de ferro em Santo Antônio do Grama. O primeiro despejou minério no manancial que abastece o município e também no leito de Ribeirão Santo Antônio. Na época, o vazamento assustou os moradores da cidade e a captação de água foi interrompida pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).

O segundo vazamento ocorreu menos de 20 dias depois, próximo ao local do primeiro incidente. A falha em uma solda de parte do mineroduto de 529 quilômetros entre Conceição do Mato Dentro, na Região Central de Minas, e o Porto do Açu (RJ), seria o motivo para os dois vazamentos. No período, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informou que 318 toneladas foram despejadas no curso d’água no primeiro vazamento e, no segundo, uma análise na região constatou o escoamento de 647 toneladas de material – sendo que 174 toneladas atingiram o curso d’água e 473 uma fazenda.

 

FONTE: Estado de Minas

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