Encontro, solicitado pelo Sindicato em parceria com outras entidades, teve como objetivo discutir temas relacionados ao agravamento da crise público
Foto: Estado de Minas
O SINDSEMA (Sindicato dos Servidores Públicos do Meio Ambiente no Estado de Minas Gerais), em parceria com o SINFFAZFISCO, a Diretoria dos Fazendários do SINDPUBLICOS e demais entidades representativas dos servidores públicos, participaram, nesta quarta-feira (8), de uma audiência com o Governador do Estado, Fernando Pimentel. O encontro foi uma resposta à solicitação feita pelos sindicatos, SINDSEMA, SINFFAZFISCO e Diretoria dos Fazendários do SINDPUBLICOS, que enviaram um ofício solicitando a agenda, a fim de discutir assuntos relacionados aos servidores públicos estaduais, tendo em vista o agravamento da crise que afeta todo o Estado e seus impactos sobre a vida dos servidores – em especial para tratar dos temas da arrecadação e escala de pagamentos, previdência e Ipsemg.
Durante a audiência, o Governador apresentou dados da evolução da receita e das despesas desde 2003. Também foram demonstradas as despesas gerais com servidores ativos e inativos, destacando as dificuldades na gestão da folha de inativos – cujo déficit atual estaria na ordem de R$ 16 bi. De acordo com as informações apresentadas durante o encontro, o Governo do Estado estaria impedido de captar recursos extras, uma vez que alcançou sua capacidade de endividamento no final do governo passado. Outras alternativas também foram buscadas para o saneamento das dívidas, mas que se mostraram infrutíferas até o momento. Espera-se que a votação na ALEMG, como a aprovação do projeto de securitização da dívida possa representar um aporte de recursos.
De acordo com o presidente do Sindsema, Adriano Macedo, cerca de 30 sindicatos participaram do encontro. “Em nossa fala, reforçamos a necessidade de transparência e redefinição de critérios de pagamentos, sem privilégios para algumas categorias. Reivindicamos igualmente a criação de uma comissão de servidores que irão acompanhar a arrecadação e a definição de despesas, pagamentos, e outra comissão para tratar da questão previdenciária e do Ipsemg”, enumerou. Espera-se que, com esta comissão, os sindicatos possam ter um papel mais atuante na gestão de prioridades e na definição das escalas.
A formação de uma comissão de representantes dos servidores para acompanhar, nos próximos meses, com o estado, o fluxo de caixa e os pagamentos de salário das diversas categorias foi anunciada já durante a audiência. Neste momento, entretanto, não há garantias para o fim dos atrasos nos depósitos dos contracheques, que se tornou uma constante, principalmente a partir do início deste ano.
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