Operação no estado flagra árvores milenares derrubadas.
O desmatamento da floresta amazônica aumentou. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área desmatada neste ano é quase 14% maior do que no mesmo período do passado.
Em uma operação no Acre, que durou três semanas, fiscais fizeram flagrantes de derrubada ilegal.
A ação foi realizada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a polícia florestal. Foram aplicados R$ 3 milhões em multas por 600 hectares de mata destruídos.
A fiscalização foi na reserva extrativista Chico Mendes, que ocupa uma área de 970 mil hectares da floresta. Logo na chegada já era possível ver estragos causados pelo desmatamento (assista na reportagem acima).
Os fiscais encontraram um caminhão carregado com toras de castanheira que ficou atolado e quebrou. Dois homens foram detidos e os policiais destruíram a madeira no próprio local.
Cem metros à frente estava o que sobrou das castanheiras, árvores milenares. Uma delas tinha um tronco com mais de 2 metros de diâmetro. A árvore deveria ter de 30 a 40 metros de altura.
“A castanheira é uma espécie protegida por lei. E, hoje, dentro do estado, tem sido a maior fonte de renda para os extrativistas”, afirma Aécio Silva dos Santos, coordenador da operação.
Segundo o Inpe, a área desmatada no Acre passa de 470 quilômetros quadrados até agora. Um crescimento de 82% na comparação com o ano passado.