Em reunião com presidente Lula, Sindsema reforça necessidade de rediscutir reformas Trabalhista e da Previdência e anulação da PEC 32

Em reunião com presidente Lula, Sindsema reforça necessidade de rediscutir reformas Trabalhista e da Previdência e anulação da PEC 32

A presidenta do SINDSEMA MG, Regina Pimenta, foi uma das convidadas para a primeira reunião do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva com representantes das principais centrais sindicais do país.

O encontro ocorreu na tarde da última quarta-feira (18/1), em Brasília, no Palácio do Planalto, e contou com a participação de mais de 500 lideranças sindicais. Estavam presentes também os(as) ministros(as) da Casa Civil, Rui Costa, da Gestão, Esther Dweck, e do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, esse último responsável por reconstruir a pasta, extinta logo no início do mandato de Jair Bolsonaro.

Representando a Pública, entidade à qual o SINDSEMA é filiado, o presidente do Sinfazfisco-MG e vice-presidente da Central do Servidor, Hugo René de Souza, repudiou em seu discurso os atos terroristas que aconteceram em 8 de janeiro, falou sobre a valorização do(a) servidor(a) público(a), o aumento do salário mínimo, defendeu a aplicação do piso salarial da enfermagem e a valorização da categoria, além de destacar a luta e a união de todos(as) os(as) servidores(as), sindicatos, federações e centrais sindicais contra a PEC 32, que trata da Reforma Administrativa.

“Essa PEC 32 é a destruição total do serviço público. É a destruição total do acesso das pessoas que mais precisam ao serviço público e é isso que eles [governo anterior] queriam. Essa PEC 32 tem que ser retirada com a máxima urgência, ela não pode nem ter pernas para caminhar”, destacou.

Assista abaixo a fala completa do representante da Pública:

Lula recebe pauta da classe trabalhadora

As centrais sindicais entregaram ao Presidente Lula e sua equipe o documento “Prioridades da Pauta da Classe Trabalhadora para 2023”, elaborado pelas dez entidades com reivindicações ao novo governo, como a volta da política de valorização do salário mínimo, o fortalecimento da negociação coletiva e dos sindicatos, além da regulamentação do trabalho por aplicativos.

O presidente assinou o despacho de criação do grupo de trabalho para discutir o salário mínimo e reafirmou a promessa de campanha de reajustar a Tabela do Imposto de Renda (IR), elevando a faixa de isenção para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil.

“O nosso lema é União e Reconstrução desse país, porque nós o pegamos semidestruído”, ressaltou Lula. “Sinto que vocês estão com sede de democracia, estão com sede de participação”, afirmou, após ouvir críticas dos dirigentes sindicais sobre a falta de diálogo com o Governo Federal desde o golpe contra Dilma Rousseff, além de manifestações de desagravo à democracia pela barbárie de 8 de janeiro.’’, disse o presidente

Lula chamou a atenção para a importância da participação das centrais sindicais na formulação de leis do trabalho e de políticas públicas – a exemplo do ocorrido durante os governos do PT. “Se a gente construir junto fica mais difícil desmanchar, porque desmancharam quase todas as coisas que nós fizemos durante os nossos 13 anos”, lembrou, sugerindo que os sindicatos devem se reaproximar das bases por meio do diálogo nos próprios locais de trabalho, como ele fez nos tempos de líder sindical.

Durante o encontro, as falas dos representantes das centrais relataram ainda a importância da valorização da negociação coletiva, do fortalecimento do Ministério do Trabalho, da revogação de normas para a recuperação de direitos trabalhistas, da criação de um plano nacional de formação profissional, da melhoria e equilíbrio das condições de trabalho de mulheres e negros e do cancelamento das privatizações.

Além de Hugo René, representando a Pública, estiveram presentes: Adilson Araújo (CTB), Sérgio Nobre (CUT), Miguel Torres (Força Sindical), Ricardo Patah (UGT), Moacyr Roberto Tesch Auersvald (NCST), Antonio Neto (CSB), Nilza Pereira (Intersindical Central Sindical), Emanuel Melato (Intersindical Instrumento de Lutas) e Luiz Carlos Prates (CSP-Conluta).

Presidenta do Sindsema (à esquerda) com representantes sindicais em Brasília

Para Regina, união mostra força das centrais

A presidenta do SINDSEMA, Regina Pimenta, acredita que, a partir da reunião com Lula, haverá agora oportunidade para as propostas das categorias serem fortalecidas. Ela não enxerga lutas isoladas:

“Essa união traz avanços e força para as negociações. Haverá discussão com o Supremo sobre Data Base para todas as categorias do serviço público. Por meio das Centrais Sindicais, vamos nos unir por pautas comuns.  Democracia é isso!”, ressaltou. “Ontem com Lula foi pedido e reforçada a necessidade de rediscutir a Reforma da Previdência e Trabalhista, além de anular a PEC 32. Foi fala única de todas as centrais sindicais. E também a regulamentação em lei e o direito de negociação coletiva dos trabalhadores do setor público. A vitória virá desta união em torno de lutas comuns”, afirmou, em tom confiante para o próximo período.

Assista à integra de reunião:

Com informações do Portal do PT e do Portal Vermelho
Foto 1: Ricardo Stucker

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