Notícias falsas prejudicam trabalho de busca às vítimas em Brumadinho, diz bombeiro

Notícias falsas prejudicam trabalho de busca às vítimas em Brumadinho, diz bombeiro
Bombeiros alertam sobre Fake News em Brumadinho, na Grande BH

Imagens de ocorridos em outros locais, alertas de localização de desaparecidos, informações sobre soldados infectados devido ao contato com a lama. Notícias como essas têm circulado, especialmente em grupos de WhatsApp, causando ainda mais preocupação à população. Mas são todas falsas e têm atrapalhado o trabalho da força-tarefa empenhada na busca pelos desaparecidos na tragédia em Brumadinho.

“O serviço das forças de segurança tem sido bastante prejudicado com fake news, notícias falsas. Toda a veiculação desse tipo de notícia, quando é falsa, ela prejudica, e muito, e atrasa o importante trabalho que a gente está fazendo em relação à recuperação desses corpos”, destacou o porta-voz o porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente Pedro Aihara.

Bombeiros começaram a usar máscaras durante o trabalho de resgate das vítimas, em Brumadinho — Foto: Reprodução/TV Globo
Bombeiros começaram a usar máscaras durante o trabalho de resgate das vítimas, em Brumadinho — Foto: Reprodução/TV Globo

Ele explicou que sempre que acionados, o efetivo é deslocado até o ponto onde estaria a denúncia feita. Segundo Aihara, militares já foram retirados mais de uma vez da operação de buscas para conferir os supostos sumiços de pessoas nas matas.

Fomos muito prejudicados com informações falsas. Havia chegado notícias de que algumas pessoas haviam ficado perdidas em área de mata. Imediatamente, paramos o que estávamos fazendo e fomos para lá. Isso aconteceu por mais de três vezes e nada foi encontrado, disse o porta-voz dos bombeiros.

Intoxicação

A mais recente fake news foi a respeito de uma possível intoxicação dos soldados do Corpo de Bombeiros devido ao contato com a lama. O tenente Pedro Aihara destacou que há procedimentos para evitar eventuais doenças e que a corporação se baseia em laudos atestando o caráter não tóxico da lama.

“Como nossos militares ficam durante longos períodos expostos a essa água, a gente ministra um antibiótico, principalmente para prevenir o contágio de leptospirose, mas específico para a atuação de bombeiro. A população em geral não precisa se preocupar com isso. Esse antibiótico só deve ser administrado na população em geral se ela apresentar sintomas”, explicou.

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