Projeto que amplia áreas com proibição de construção está na pauta da CMA

Projeto que amplia áreas com proibição de construção está na pauta da CMA
Comissão de Meio Ambiente (CMA) realiza reunião deliberativa com 16 itens na pauta. Entre eles, o PLS 67/2017, que institui normas gerais para a revitalização da bacia hidrográfica do rio Parnaíba.   Mesa:  presidente eventual da CMA, senador Sérgio Petecão (PSD-AC);  senador Pedro Chaves (PRB-MS).  Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues/Agência Senado

A Comissão de Meio Ambiente (CMA), pode analisar na próxima terça-feira (20), às 11h30, o projeto que dobra o tamanho das faixas não-edificáveis nos parcelamentos de solo urbano. O PLS 66/2014 altera a Lei do Parcelamento do Solo Urbano para ampliar as áreas com proibição de construção às margens de locais como rios, lagos e estradas.

Atualmente, a legislação determina como requisito urbanístico para loteamento, a obrigatoriedade de reserva de uma faixa não-edificável de 15 metros ao longo das águas correntes (mares, rios, riachos e canais) e dormentes (lagos, lagoas, açudes) e das faixas de domínio público das rodovias e ferrovias. O projeto aumenta essa faixa para 30 metros.

A proposta é do senador Paulo Bauer (PSDB-SC) e será votada na forma de um substitutivo do relator, senador Valdir Raupp (MDB-RO). O texto tramita em conjunto com um segundo projeto de teor semelhante, do ex-senador Rodrigo Rollemberg (DF), o PLS 408/2012, que foi rejeitado pelo relator. O substitutivo mescla elementos dos dois projetos.

Se aprovado, o substitutivo precisará ser votado também em turno suplementar pela comissão. Cumprida essa etapa, poderá ser enviado diretamente para a Câmara dos Deputados, se não houver recurso para votação pelo Plenário do Senado.

Descarte de óleo

Na pauta da comissão também consta o projeto que estabelece o descarte ambientalmente adequado do óleo de cozinha (PLS 75/2017). Hoje, esse resíduo costuma ser despejado no ralo da pia, o que leva ao entupimento de instalações sanitárias (as caixas de gordura, em especial) e as redes de esgoto.

A proposta do senador José Medeiros (Pode-MT) altera a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305, de 2010) para incluir o óleo de cozinha e demais gorduras de uso culinário na lista de produtos do sistema de logística reversa. A intenção é repassar a responsabilidade pela coleta, pelo reaproveitamento e descarte correto desses materiais para os fabricantes. Hoje, fabricantes de pneus, pilhas, baterias, lâmpadas e produtos químicos, entre outros, já têm sua responsabilidade definida no processo de logística reversa.

O relator do projeto, senador Cristovam Buarque (PPS-DF), recomendou a aprovação da medida. A iniciativa trará impactos positivos sobre a coleta e a reciclagem de óleos e gorduras comestíveis, acredita o parlamentar, observando que o processamento ambientalmente adequado não chega a 5% do volume descartado. A matéria será votada em decisão terminativa na CMA.

FONTE: AGÊNCIA SENADO 

Deixe um comentário

Enviar um comentário